A história da indústria automobilística está repleta de tentativas de inovação, estética e mecânica, que moldam os limites do possível.
Os melhores exemplos são normalmente protótipos, desenhados como objetos futuristas, libertos das leis governamentais e regulamentos de segurança.
Aqui ficam alguns dos melhores exemplos, do que a indústria automóvel fez, alguns um pouco e outros muito estranhos.
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Ford Speedster, de 1932
O Ford Speedster, com motor “flathead” V8, vinha equipado com botão de ignição, décadas antes de esta ser uma opção em automóveis mais modernos.
O roadster de linhas elegantes, esguias e linha de cintura baixa foi idealizado por Edsel Ford, filho de Henry Ford, e o designer Eugene Gregorie.
Voisin C-25 Aerodyne, de 1934
O designer Gabrielle Voisin começou por desenhar aviões, estreando-se na produção de automóveis após o final da Primeira Guerra Mundial.
Do magnífico Voisin C-25 Aerodyne, de 1934, apenas 28 unidades foram produzidas, tendo uma delas ganho em 2011 o prémio Best in Show, no Pebble Beach Concours d’Elegance.
Bugatti Type 57S Competition Coupe Aerolithe, de 1935
O exemplar original do Bugatti Type 57S Compétition Coupé Aerolithe, apresentado ao público no Salão de Paris de 1935, mas pouco tempo depois do evento o automóvel único desapareceu.
De acordo com a explicação popular, a Bugatti terá desmontado o concept de salão, aproveitando as peças para a produção do Type 57 de estrada.
Actualmente existe uma réplica do Type 57S Competition Coupe Aerolithe, produzida em 2007 com base em especificações e fotografias da época.
Stout Scarab 1936
Desenhado por William Stout – o engenheiro aeronáutico responsável pela integração de luxo e lazer em aviões – o Scarab era uma verdadeira sala de refeições sobre rodas, equipada com motor Ford V8 e uma alongada carroceria de alumínio.
Foram produzidas apenas dez unidades do modelo, em parte porque os $5.000 pedidos (cerca de $90 000 atualmente) tornavam-no mais caro que os modelos de luxo da Packard e Cadillac.
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Chrysler Thunderbolt, de 1941
As curvas do Chrysler Thunderbolt, de 1941, foram inspiradas nos comboios aerodinâmicos da época.
O automóvel norte-americano foi dos primeiros a vir equipado com vidros automáticos, accionados por motores hidráulicos, enquanto que uma capota rígida removível e faróis dianteiros escamoteáveis eram características de design inovadoras para a época.
Foi um dos derradeiros concepts Art Deco.
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Oeuf Electrique, de 1942
O “Oeuf électrique”, ou Ovo Elétrico em português, tinha três rodas e era movido por um motor elétrico.
O seu designer, o francês Paul Arzens, trabalhou como artista plástico e designer de locomotivas, antes de se virar para o mundo automóvel.
A “bolha” era moldada em alumínio batido à mão e Plexiglass curvo, um material novo na época.
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Norman Timbs Special Streamliner, de 1947
Elegante e distinto como nenhum outro até então, o Norman Timbs Special Streamliner foi idealizado por Timbs, um engenheiro especializado na construção de Specials, para as corridas em Indianápolis.
Tomando inspiração em modelos de Grande Prémio da década de 30, como o aerodinâmico Auto Union Type C, Timbs moldou uma carroçaria curvilinea e equipou o seu modelo com um potente motor Buick V8.
Tasco, de 1948
O Tasco, de 1948, foi uma breve aventura da marca norte-americana “The American Sports Car Company”, sendo idealizado por Gordon Buehrig, anteriormente da Duesenberg.
O designer inspirou-se nos aviões da Segunda Guerra Mundial, distinguindo-se pelo uso de coberturas em fibra de vidro das rodas da frente, que se moviam.
GM LaSabre, de 1951
O GM LaSabre, de 1951, foi o primeiro automóvel a vir equipado com asas tipo barbatana e um pára-brisas envolvente.
Elementos de design que se tornariam habituais nos modelos norte-americanos posteriores.
O LaSabre vinha equipado com um detector de humidade, que elevava a capota automaticamente em caso de chuva.
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General Motors Firebird 1 XP-21, de 1953
Percursor dos super-carros da atualidade, muitas vezes descritos como carros a jato, o General Motors Firebird I XP-21, de 1953 era um automóvel a jato, com quatro rodas, uma cauda e um cockpit em forma de bolha.
A turbina tinha uma velocidade máxima de 26 000 rotações, e era capaz de gerar 370 cavalos de potência (nada mal).
Chrysler (Ghia) Streamline X “Gilda”, de 1955
Batizado “Gilda” em homenagem a um filme de de 1946 de Rita Hayworth, o Chrysler (Ghia) Streamline X, de 1955 seria equipado com uma turbina jato. Porém, a firma Ghia acabou por optar por um (barato) motor de 1,5 litros.
O design deste modelo antecedeu os carros turbina da Chrysler e as suas asas uma tendência da década 50.
Buick Centurion, de 1956
O Centurion da Buick tinha como principal destaque uma câmara de marcha-ré, anos antes de este ser um opcional.
O avanço tecnológico do modelo era enfatizado pelo uso de um teto tipo bolha – a fazer lembrar os automóveis utilizados pelos famosos Jetson – e um cockpit tipo avião.
Cadillac Cyclone, de 1959
Percursor dos modernos automóveis ditos inteligentes, o Cadillac Cyclone vinha equipado com dois radares – localizados no local onde normalmente seriam aplicados os faróis dianteiros – que comandavam o sistema anti-colisão, um primo afastado dos atuais cruise control adaptativos.
Quando o Cyclone sentia a aproximação a um objecto, começava por avisar o condutor do obstáculo através de uma série de luzes e apitos, e após isso, accionava ele próprio os freios.
Lancia (Bertone) Stratos HF Zero, de 1970
O Lancia (Bertone) Stratos HF Zero, de 1970 foi o concept que mais tarde deu origem ao Lancia Stratos.
Medindo escassos 84 centímetros de altura, o modelo era tão baixo que o condutor tinha que entrar pelo pára-brisas.
Ferrari (Pininfarina) 512 S Modulo, de 1970
Desenhado pela Pininfarinia para a Ferrari, o 512 S Modulo foi apresentado oficialmente ao público no Salão de Genebra de 1970.
Utilizando o chassis de um Ferrari 512S de competição, o Modulo era um trabalho conceitual do designer Paolo Martin.