Segundo a consultoria a HAYMAN-WOODWARD há mais de 4 mil posições abertas para pilotos nos EUA e uma escassez considerável por este tipo de profissional
+ Vídeo: Airbus mostra o desempenho de helicóptero militar H175M no deserto da Arábia Saudita
Nos últimos anos, o mercado de trabalho para pilotos de helicóptero nos Estados Unidos tem registrado crescimento considerável e tem atraído muitos profissionais de outros países. Segundo levantamento da consultoria de imigração HAYMAN-WOODWARD, mais de 2 mil pilotos estrangeiros receberam green cards nos últimos 3 anos.
Ainda de acordo com o levantamento da consultoria, junto à FAA (Federal Aviation Administration), o mercado de pilotos de helicóptero registra uma taxa de crescimento de emprego projetada em 6% de 2018 a 2028 e um aumento significativo nos salários desses profissionais – com um salto de 21% nos últimos cinco anos. Para se ter uma ideia, em 2023, o salário médio de um piloto de helicóptero é de $89,418, por ano.
O levantamento também apontou que atualmente mais de 4,945 pilotos de helicóptero empregados nos EUA, com cerca de 4,054 posições abertas para pilotos de helicóptero, indicando uma demanda considerável.
O CEO da HAYMAN WOODWARD Leonardo Freitas explica que há escassez neste tipo de profissional nos EUA, porque a indústria enfrenta desafios em manter uma força de trabalho estável, em parte devido aos custos elevados de treinamento e certificação. “Além disso, há uma lacuna geracional criada pela aposentadoria de pilotos experientes. E mais: a recuperação do setor aeronáutico está exigindo mais profissionais qualificados a cada dia. Por isso, a indústria e o governo podem passar a considerar políticas de imigração mais alinhadas às necessidades do setor para garantir um fluxo constante de talentos que possa suprir a demanda atual e futura”, diz.
Quais são as vias de imigração para pilotos de helicóptero nos EUA?
Embora não existam programas de visto específicos para pilotos, as categorias existentes, como os vistos O-1 para indivíduos de habilidades extraordinárias, H-2B para trabalho sazonal, H-3 e J-1 para estágio remunerado e o green card EB-2 NIW (o qual dispensa o contratante ser o patrocinador do visto, por motivos de interesse nacional) podem ser opções viáveis.
Em sua grande maioria , os pilotos que hoje encontram-se com seus green cards aprovados pelo EB-2 NIW, possuem ao menos 2.500 horas de voo como profissionais comerciais. No entanto, outros fatores são considerados nesta análise, como formação acadêmica, treinamentos específicos e reconhecimento de competências e habilidades da classe.
Leonardo Freitas explica que num âmbito geral, o green card EB-2 NIW exige que os aplicantes demonstrem habilidades excepcionais, que podem incluir experiência substancial na área e um histórico de realização profissional. “No entanto, recentemente a Casa Branca sinalizou uma flexibilização nos critérios de avaliação dos vistos, por meio de uma normativa interna do USCIS (Serviço de Imigração e Cidadania dos Estados Unidos), que áreas de interesse nacional como STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática) sejam prioridade nas aprovações de green cards. Colocando profissionais de ciências aeronáuticas com grandes possibilidades de obtenção do visto de residência permanente para os Estados Unidos”, explica Freitas.
Incentivo a pilotos brasileiros
Leonardo Freitas também destaca o incentivo a pilotos brasileiros que desejam trabalhar nos EUA. Para o CEO da HAYMAN-WOODWARD, “o mercado americano se destaca pelo seu salário competitivo e condições de trabalho avançadas. Com salários em ascensão e uma infraestrutura de aviação bem desenvolvida, os Estados Unidos se apresentam como um destino promissor para a carreira de pilotos bem sucedidos que desejam fazer carreira nos EUA”, reforça.