Até então conhecida principalmente pelos carros esportivos leves, a britânica Lotus revelou o Evija, modelo que chega em 2020 para ser o carro de produção mais potente já produzido.
Elétrico, o Evija usa dois motores com potência equivalente a 2.000 cv, alimentados por baterias de íon de lítio de 2.000 kW — desenvolvidas em parceria com a Williams Advanced Engineering — e montadas em posição central traseira. Cada motor transfere a força para duas caixas de engrenagens, dotadas de motores elétricos e que cumprem o mesmo papel da transmissão em um carro convencional.
A suspensão usa amortecedores adaptativos da Multimatic e trabalha em conjunto com um sistema de freios de alumínio forjado com discos de cerâmica na dianteira e traseira. As rodas de magnésio são de 20″ (dianteira) e 21″ (traseira), e usam pneus Pirelli Trofeo R.
Carroceria e estrutura são feitos em fibra de carbono usando a mesma tecnologia dos carros de Fórmula 1. Os bólidos da categoria serviram de inspiração também para a asa móvel na traseira, capaz de mudar de posição automaticamente para reduzir o arrasto aerodinâmico. Pelo mesmo motivo, a Lotus substituiu todos os retrovisores do modelo por câmeras de alta resolução, que exibem as imagens em três telas dentro da cabine.
Na lista de equipamentos, a principal novidade são os faróis alto e baixo de laser. Até então, a tecnologia era empregada apenas no facho alto dos faróis de superesportivos e modelos de alto luxo. Mas o Evija terá também sistema de telemetria com registro de dados em nuvem e uma cabine com elementos em Alcantara e fibra de carbono.
A produção do hipercarro da Lotus está programada para começar em 2020. Serão produzidas apenas 130 unidades, ao custo unitário de 1,7 milhão de libras (R$ 7,95 milhões). Para reservar um lugar na fila, a marca pede um sinal de “apenas” 250.000 libras (cerca de R$ 1,17 milhão). Mas promete que cada unidade poderá ser personalizada de acordo com o pedido do comprador.